terça-feira, 23 de novembro de 2010
1)O QUE E LENDA ?
Mitos e Lendas da Amazônia
É comum a confusão entre o que é mito e o que é lenda. E visto que os limites entre um e outro termo são praticamente inexistentes, procuramos uma definição adequada que estabelecesse a fronteira entre lenda e mito:
LENDA - Narração escrita ou oral, de caráter maravilhoso, no qual os fatos históricos são deformados pela imaginação popular ou pela imaginação poética.
MITO - (Mytho- gr = relato, fábula) Narrativa dos tempos fabulosos ou heróicos. Narrativas de significação simbólica, geralmente ligada à Cosmogonia e referente a deuses encarnadores das forças da natureza e (ou) de aspectos da condição humana. Representação dos fatos ou personagens reais, exageradas pela imaginação popular, pela tradição.
O mito pode ser entendido como alegorias empregadas pelos antigos para revelarem ou perpetuarem verdades e conhecimentos; expressar conceitos morais, filosóficos e religiosos; justificar princípios; servir de referência histórica e geográfica, etc. Os mitos são projeções dos fatos reais, verdadeiramente acontecidos, aos quais os primeiros cronistas buscaram registrar com suas limitadas expressões e que, com a tradição oral, foram ganhando novas cores, inflacionando-se pelo calor da narrativa e pela imaginação do narrador; até que restou apenas uma "imagem" da verdade, refletida num espelho embaciado.
É comum a confusão entre o que é mito e o que é lenda. E visto que os limites entre um e outro termo são praticamente inexistentes, procuramos uma definição adequada que estabelecesse a fronteira entre lenda e mito:
LENDA - Narração escrita ou oral, de caráter maravilhoso, no qual os fatos históricos são deformados pela imaginação popular ou pela imaginação poética.
MITO - (Mytho- gr = relato, fábula) Narrativa dos tempos fabulosos ou heróicos. Narrativas de significação simbólica, geralmente ligada à Cosmogonia e referente a deuses encarnadores das forças da natureza e (ou) de aspectos da condição humana. Representação dos fatos ou personagens reais, exageradas pela imaginação popular, pela tradição.
O mito pode ser entendido como alegorias empregadas pelos antigos para revelarem ou perpetuarem verdades e conhecimentos; expressar conceitos morais, filosóficos e religiosos; justificar princípios; servir de referência histórica e geográfica, etc. Os mitos são projeções dos fatos reais, verdadeiramente acontecidos, aos quais os primeiros cronistas buscaram registrar com suas limitadas expressões e que, com a tradição oral, foram ganhando novas cores, inflacionando-se pelo calor da narrativa e pela imaginação do narrador; até que restou apenas uma "imagem" da verdade, refletida num espelho embaciado.
3)QUE OUTROS TIPOS DE LENDAS VOCE CONHECE?
LORA DO BANHEIRO-A MULHER DO TAXI E O,BRINCADEIRA DO COPO
4) 3 LENDAS PERAENSES: BOTO-MAPINGUARI-IARA
O Boto
Reza a lenda que o boto costuma perseguir as mulheres que viajam pelos rios e inúmeros igarapés; ás vezes tenta virar a canoa em que elas se encontram, e suas investidas contra a embarcação se acentuam quando percebem que há mulheres menstruadas ou mesmo grávidas.
Ele, o boto, é o grande encantado dos rios, que transformando-se num rapaz, todo vestido de branco e portando um chapéu - que é para esconder o furo no alto da cabeça, por onde respira - percorre as vilas e povoados ribeirinhos, freqüenta as festas e seduz as moças, quase sempre engravidando-as.Ilustração: Antônio Elielson Sousa da Rocha
Iara ou Uiara, Oiara, Eiara, Igpupiara, Hipupiara
Mito baseado no modelo das sereias dos contos homéricos, a Iara é a Vênus amazônica; é uma ninfa loira de corpo deslumbrante e de beleza irresistível. Sua voz é melodiosa e seu canto, tal como no original grego, é capaz de enfeitiçar a todos que o ouvem, arrastando-os em sua direção, até o fundo do rio, lagos, igarapés, etc., onde vivem esses seres fabulosos. Na Amazônia o tapuio que escuta o cantar da Iara fica "mundiado" e é atraído por ele; o mesmo se dá com as crianças que desaparecem misteriosamente. Crêem os ribeirinhos que essas crianças estão "encantadas" no reino da "gente do fundo". Lá o menino é instruído no preparo de todos os tipos de puçangas e remédios. Ao fim de sete anos, durante os quais foi iniciado nas artes mágicas, na manipulação de plantas e ervas, etc.; o jovem pode retornar para junto dos seus, onde, geralmente, se torna um grande xamã, um medicine-man.
Na nossa cultura o mito da deidade fluvial Iara, mesclou-se com seus congêneres europeus (sereias) e africanos (Iemanjá).
Mapinguari
Esta criatura é descrita como um macaco de tamanho descomunal -5 a 6 metros – peludo como porco espinho, "só que os pêlos são de aço". Dentro dessa descrição - um grande macaco, "uma espécie de orangotango, coberto de longo e denso pelágio", etc.
Cada passo do Mapinguari mede três metros e seu alimento favorito é a cabeça das vítimas, geralmente pessoas que ele caça durante o dia, deixando para dormir à noite. Há aqueles que afirmam ser impossível matá-lo: é invulnerável. Noutra versão ele é apresentado como um ser dos mais fantásticos, com dois olhos, mas "três bocas", sendo uma debaixo de cada braço e outra sobre o coração. Essa última é considerada seu "calcanhar de Aquiles", pois quando ele abre a boca pode-se acertar seu coração, única maneira de matá-lo.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Metamorfose do Romance
Que a palavra romance se desgastou ao ponto de se criar preconceitos em torno dela, isso não se discute. Há pessoas, por exemplo, que acreditam que o fato de não lerem romances é um sintoma de intelectualidade. Na maioria das vezes, entretanto, quando se diz eu não leio romance está-se querendo dizer eu não leio prosa de ficção. Assim o preconceito se espalha para a literatura em geral.
Outra coisa indiscutível é o fato de o romance não ocupar mais o mesmo espaço que ocupou até o início deste século. Michel Butor diz que é preciso compreender que toda invenção literária, hoje em dia, produz-se no interior de um ambiente já saturado de literatura. Para Henry James o romancista é alguém para quem nada está perdido. Para Mishima a literatura é uma flor imperecível. Para Barthes a única verdadeira crise do romance acontece quando o escritor repete o que já foi dito ou quando deixa de escrever.
Outra coisa indiscutível é o fato de o romance não ocupar mais o mesmo espaço que ocupou até o início deste século. Michel Butor diz que é preciso compreender que toda invenção literária, hoje em dia, produz-se no interior de um ambiente já saturado de literatura. Para Henry James o romancista é alguém para quem nada está perdido. Para Mishima a literatura é uma flor imperecível. Para Barthes a única verdadeira crise do romance acontece quando o escritor repete o que já foi dito ou quando deixa de escrever.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
LITERATURA ROMANCES HISTORICOS
O romantismo é o amor que se foi e nunca voltará, o que equivale a dizer que o romantismo é saudade. Como a história também a seu modo é saudade; o casamento do espírito romântico com ela, deu-nos o Romance Histórico.
A literatura histórica é feita de imaginação sobre dados da realidade e da observação. Parte cientifica e parte artística. O escritor procede como o restaurador de um velho quadro, uma porcelana despedaçada ou um edifício arruinado. E com amor, aquele amor que se vai para nunca mais voltar. Amor este, seguido pela erudição. Sem afetar o estilo, pois mudando as palavras se mudam até os sentimentos.
Estudo, observação e amor são três características do autor de Romances Históricos.
O Romantismo não foi um simples recuo às fontes greco-romanas da arte e do pensamento como renovação de valores. Teve profundo elemento sentimental, o que demorou mais na Idade Média do que em outro período histórico, e o tornou nacionalista, isto é, com inclinação para o descrever objetivamente os homens, os acontecimentos e as coisas do passado de cada povo. Por isso o gótico foi a epidemia de era romântica.
O romance não nasceu com o Romantismo. Encontramos o romance na antiguidade clássica. O que o Romantismo deu em verdade ao romance foi a característica histórica,a qual varreu por completo do ambiente literário a característica cientifico-sobrenatural, apanágio dos romances do inicio do século XIX. O Romance Histórico triunfou por toda parte de 1820 a 1830. sobretudo na França; trazendo uma novidade e uma força: ‘O amor das coisas passadas e das coisas mortas.”
O romance passava a ser uma história sentimental em que o leitor vibrava ao vento das paixões que agitavam as personagens. Era contado com formas literárias capazes de impressionar o sentimento.
Tal é o interesse que desperta que sua que sua influencia vai alem do Romantismo, penetra nos umbrais do Realismo e do naturalismo.
O valor de um Romance Histórico depende da quantidade e sobretudo da qualidade da historia nele incluída. Dependendo portanto do papel portanto do papel que o escritor atribui A historia no romance dos conhecimentos históricos que tenha e do partido que deles saiba tirar; mas cada escritor faz sua interpretação absolutamente pessoal.
O romance histórico também pode ser visto como a própria história romanceada, sendo o entrecho tão histórico quando a moldura. E, bom é não esquecer que, são justamente as grandes qualidades líricas de um escritor que o tornam mais completamente romântico. Quanto maior sua emoção, seu entusiasmo, seu sentimento, maior e mais bela e mais duradoura sua evocação do passado.não há romantismo sem lirismo.
A historia seduz a imaginação popular, sobretudo nos lances de heroísmo, de sacrifícios de fé, de amor e de gloria. Seduz como um romance verdadeiro. A história é o romance dos povos. Antes do artista o escrever, sabe o povo que ele ou seus representantes já o tinham escrito com lagrimas, com suor e com sangue.
O romantismo é o amor que se foi e nunca voltará, o que equivale a dizer que o romantismo é saudade. Como a história também a seu modo é saudade; o casamento do espírito romântico com ela, deu-nos o Romance Histórico.
A literatura histórica é feita de imaginação sobre dados da realidade e da observação. Parte cientifica e parte artística. O escritor procede como o restaurador de um velho quadro, uma porcelana despedaçada ou um edifício arruinado. E com amor, aquele amor que se vai para nunca mais voltar. Amor este, seguido pela erudição. Sem afetar o estilo, pois mudando as palavras se mudam até os sentimentos.
Estudo, observação e amor são três características do autor de Romances Históricos.
O Romantismo não foi um simples recuo às fontes greco-romanas da arte e do pensamento como renovação de valores. Teve profundo elemento sentimental, o que demorou mais na Idade Média do que em outro período histórico, e o tornou nacionalista, isto é, com inclinação para o descrever objetivamente os homens, os acontecimentos e as coisas do passado de cada povo. Por isso o gótico foi a epidemia de era romântica.
O romance não nasceu com o Romantismo. Encontramos o romance na antiguidade clássica. O que o Romantismo deu em verdade ao romance foi a característica histórica,a qual varreu por completo do ambiente literário a característica cientifico-sobrenatural, apanágio dos romances do inicio do século XIX. O Romance Histórico triunfou por toda parte de 1820 a 1830. sobretudo na França; trazendo uma novidade e uma força: ‘O amor das coisas passadas e das coisas mortas.”
O romance passava a ser uma história sentimental em que o leitor vibrava ao vento das paixões que agitavam as personagens. Era contado com formas literárias capazes de impressionar o sentimento.
Tal é o interesse que desperta que sua que sua influencia vai alem do Romantismo, penetra nos umbrais do Realismo e do naturalismo.
O valor de um Romance Histórico depende da quantidade e sobretudo da qualidade da historia nele incluída. Dependendo portanto do papel portanto do papel que o escritor atribui A historia no romance dos conhecimentos históricos que tenha e do partido que deles saiba tirar; mas cada escritor faz sua interpretação absolutamente pessoal.
O romance histórico também pode ser visto como a própria história romanceada, sendo o entrecho tão histórico quando a moldura. E, bom é não esquecer que, são justamente as grandes qualidades líricas de um escritor que o tornam mais completamente romântico. Quanto maior sua emoção, seu entusiasmo, seu sentimento, maior e mais bela e mais duradoura sua evocação do passado.não há romantismo sem lirismo.
A historia seduz a imaginação popular, sobretudo nos lances de heroísmo, de sacrifícios de fé, de amor e de gloria. Seduz como um romance verdadeiro. A história é o romance dos povos. Antes do artista o escrever, sabe o povo que ele ou seus representantes já o tinham escrito com lagrimas, com suor e com sangue.
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